Lucro, seria este o principal indicador que sua empresa está no caminho certo?

“Minha empresa finalizou com lucro esse mês, mas será que isso é bom indicador e posso ficar tranquilo?”. Empresário, você já deve ter pensado nisso em algum momento, não é mesmo?

Para você ter certeza de que esse indicador realmente é relevante para o seu negócio, você precisa analisar outras informações gerenciais. Vamos ver um pouco mais sobre isso adiante.

O lucro positivo, ou seja, lucratividade líquida no período é bom sinal, mas pode ser disfarçado dos maus resultados. Daí a importância de ter acesso a todos os números para conseguir avaliar o negócio.

Com esses números em mãos você conseguirá ver se ter fluxo de caixa pode ser lucro real. Mas lembre-se, o investimento realizado te trouxe o retorno esperado?

Quando te perguntam qual o objetivo da sua empresa, certamente você irá responder: “ela precisa gerar lucro.” É o que a maioria das pessoas responderiam. Mas certamente é preciso muito mais que isso.

Vamos ver um exemplo, de duas empresas distintas:

Você pode perceber que ambas obtiveram lucro líquido, mas foi suficiente para cobrir o que foi investido por seus sócios?

A Teste Beta obteve uma rentabilidade de 7% a.a. Já a Teste Alpha seu lucro foi menor, mas sua rentabilidade chegou a 20% a.a. De modo geral a Teste Beta, apesar de ter um lucro líquido maior, teve uma rentabilidade bem abaixo para uma empresa, afinal alguns investimentos de renda fixa, como CDI e Tesouro Direto podem geral mais que isso sem nenhum risco.

Por outro lado, a rentabilidade de 20% a.a. da Teste Alpha pode ser boa ou ruim. Tudo é uma questão de análise. Para uma empresa de comércio ou indústria, normalmente esse percentual é considerado bom. Mas, e se comparamos a Teste Alpha com empresas do mesmo perfil mas com uma rentabilidade de 40% a.a.?

Está vendo como ver apenas o lucro, apesar de ser um indicador que chama bastante atenção, não pode ser analisado como um número único. Há diversas possibilidades e contextos para que esse número indique se você está no caminho certo ou não.

Como entender melhor os indicadores de rentabilidade

Além do retorno sobre investimento é crucial saber outros retornos, como o retorno sobre o ativo, ROA, e o retorno sobre o patrimônio líquido, ROE.

ROA

O retorno sobre ativos, ROA, é uma métrica que indica a rentabilidade de um empreendimento ou investimento, usando ativos como régua e instrumento de comparação.

A conta é utilizada pelos sócios e a administração que desejam medir a eficiência de suas ações. Para contadores e investidores, a usam para realizar pré-diagnóstico da empresa.

Nos dois casos, o ROA atua com o objetivo de identificar a capacidade que a organização tem de gerar lucros a partir de seus ativos.

Essa métrica é importante por indicar qual é a capacidade da empresa de transformar seus recursos produtivos em mercadorias que têm valor para o consumidor final.

Fórmula do ROA:

Lucro Líquido Acumulado

Ativo

Vale ressaltar a importância de:

  • saber o percentual que a companhia tem em performance, já que tal indicador diz respeito a capacidade de uma empresa em agregar valor a partir de seus próprios ativos;
  • medir eficiência dos ativos;
  • analisar se o ativo é rentável perante lucro apresentado;
  • comparar em relação a outras companhias.

O que pode gerar um ROA baixo?

  • Investimento em projetos pouco rentáveis;
  • Baixa produtividade dos ativos devido obsolescência ou desperdícios;
  • Imobilizado em excesso ou parados que poderiam ser convertidos em vendas;
  • Despesas gerais muito elevadas.

ROE

Este indicador é uma das informações mais importantes para os donos do negócio. Afinal indica o quanto que a empresa gera de retorno para cada centavo que o acionista aplica na organização.

Fórmula do ROE:

Lucro Líquido Acumulado

Patrimônio Líquido

O resultado dessa equação gera a porcentagem usada para medir o quão eficiente uma empresa é para a capacidade de geração de lucros.

Para reverter um ROE baixo é preciso que você avalie seu negócio e veja qual a melhor alocação de recursos.

Diagnóstico de resultados

Como falamos logo no início, é de suma importância ter em mãos todos os números para que sejam feitas as análises corretas de seu negócio. Por isso, vamos a mais uma opção que poderá te ajudar, e muito, na sua tomada de decisão.

Agora que você já conhece os principais indicadores de rentabilidade (ROA e ROE) vamos para o indicador de endividamento.

Leverage é indicador de endividamento que compara ROE sobre o ROA para entender o quanto a empresa está alavancada ou endividada.

Nessa equação (ROE / ROA) se o resultado for acima de 3,33 a empresa passa a ter endividamento comprometedor, como é possível ver nas imagens abaixo.

Agora é possível entender que avaliando os indicadores de rentabilidade e endividamento você consegue ter um pré-diagnóstico e diagnóstico para sua empresa. Não perca mais tempo, procure seu contador e converse mais sobre esses assuntos. Esse entendimento fará com que seu negócio se torne ainda mais forte e sustentável.

Por CSC Contabilidade Sem Chatice

A importância dos demonstrativos gerados pela contabilidade

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A contabilidade é a ciência que estuda, analisa, interpreta as mudanças que atingem o patrimônio das empresas. Historicamente veio se desenvolvendo junto com a humanidade e sempre foi usada como uma ferramenta de administração para bens, alimentos, valores de troca e também servia para auxiliar no controle de quantidades com registros escritos.

Os demonstrativos gerados pela contabilidade hoje têm um papel crucial nas empresas, desde que com essas informações geradas é possível ter uma visão clara das reais situações financeiras em determinados períodos. Em um mercado cada vez mais competitivo, é de grande importância o conhecimento geral da própria empresa, desde suas finanças até seu patrimônio, pois é esse o diferencial para o crescimento junto a evolução, e isso a contabilidade é algo que está em total poder da contabilidade.

As demonstrações contábeis são relatórios que anualmente devem ser divulgados, descrevendo as situações patrimoniais, financeiras e econômicas das companhias, mas não só olhando a parte burocrática, são essas informações que vão fazer com que os empresários entendam a saúde de suas empresas, portanto é de grande valor o conhecimento dos indicadores de sua organização. Através de determinados padrões, são gerados informações reais e confiáveis dos resultados das operações, investimentos, bens, lucros, prejuízos, despesas, custos, obrigações, mas além dos padrões também, como por exemplo em Dashboards, é possível enxergar de forma clara e resumida o desempenho  e estrutura da empresa.

A necessidade da transparência e não manipulação dos dados nessas informações são de responsabilidade do contador junto ao empresário, onde cabe ao mesmo passar informações coerentes e assertivas para o profissional da contabilidade, e o mesmo trabalhando em cima dessas informações garante clareza e honestidade nas demonstrações geradas através de seus conhecimentos contábeis.

No que tange o objetivo das demonstrações contábeis, este se caracteriza por fornecer dados pertinentes para a interpretação da posição em que as empresas se encontram atualmente ou em um determinado período. Dessa forma auxiliando nas tomadas de decisões e gerenciamento dos recursos para sócios, e para os usuários externos apresenta a capacidade de honrar com suas obrigações ou se é de valia possíveis parcerias e investimentos, tendo como exemplo: clientes, bancos, fornecedores, acionistas, etc.

Por fim, certifique-se que suas informações enviadas a contabilidade são assertivas, para que conheça sua empresa cada vez mais, alcançando o sucesso !!!

Por CSC Contabilidade Sem Chatice

Você precifica corretamente o seu produto?

Hoje será discutido um tema super importante mas que gera muita dúvida ainda em vários empresários, a precificação!

Você tem o custo de R$85,00 para o seu produto e deseja 15% de margem de lucro. Dessa forma o preço do seu produto deve ser de R$100,00 correto? Errado!

Um dos grandes erros na hora da precificação é desconsiderar todos os outros gastos que a empresa tem além do custo. Isso inclui todos os impostos e também as despesas que devem ser cobertas.

Os custos são os gastos que contribuem diretamente para a execução do serviço ou produção do produto. No caso de uma transportadora, por exemplo, fazem parte do custo o combustível, a mão de obra dos motoristas e a manutenção dos caminhões.

Os custos podem ser fixos ou variáveis. Este último varia conforme a receita e o primeiro não. Por exemplo, em uma padaria, o custo de matéria prima (farinha, por exemplo) é variável, ou seja: quanto mais pães forem vendidos, mais farinha será consumida e maior será o custo quanto maior for a receita das vendas. Já o aluguel do forno é um custo fixo,  ou seja, independe da variação da receita (de quanto a padaria está vendendo).

Já as despesas são os gastos que sustentam o funcionamento da empresa sem ter impacto direto com o processo de produção. Fazem parte das despesas material de escritório, aluguel do estabelecimento, conta de internet, água, luz, esgoto, energia, serviços terceirizados como serviço de limpeza, segurança, entre outros. No caso da transportadora, a mão de obra administrativa é considerada despesa e para a padaria um exemplo de despesa é gastos com uma agência de publicidade para manutenção e produção de conteúdo para um site.

Com a definição clara de custos e despesas em mente, voltemos à precificação. Ao definir o preço de um produto, nele precisam estar embutidos todos esses gastos, além dos impostos e claro, a margem de lucro.

Um dos principais indicadores a serem avaliados desse assunto é o markup, que indica por quanto a empresa está multiplicando seus custos para obter o preço de venda atual.

Markup = Receita operacional

      Custos

Ex: Se um produto tem um custo de R$50,00 e é vendido por R$100,00 o seu Markup será 2.

No exemplo a seguir podemos fazer análise de uma empresa em que o Markup é de 1,75. Isso significa que para R$1,00 de custo o produto é vendido por R$1,75.

Ao fazermos uma análise mais detalhada do preço de venda, podemos avaliar que o percentual do lucro líquido é de 7,34% da receita. Vale ressaltar que o percentual de lucro deve ser calculado sobre a receita e não sobre o custo do produto.

Isso acontece porque apenas 57,07% da receita é composta pelo lucro, e apesar de ser a maior parcela, ainda temos 35,6% com outros gastos o que é um valor relevante e deve ser considerado.

No caso a seguir podemos observar o exemplo de uma empresa que cnão considerou estes gastos para compor o preço de venda, levando em consideração apenas o custo do produto.

Seu Markup é de 1,14, então para um custo de R$1,00 o produto é vendido a R$1,14.

Podemos observar abaixo que este preço de venda não é suficiente para cobrir todos os gastos da empresa, fazendo com que ela tenha um lucro negativo, ou seja, está tendo prejuízo. A barra amarela referente ao lucro está direcionada para baixo da linha tracejada, indicando um percentual negativo.

Isso significa que o preço de venda colocado cobre os custos porém não cobre todos os gastos dessa empresa, e ela não está rentável dessa forma, e é uma situação muito comum.

Vale observar também que os custos e despesas possuem o mesmo valor, representando o mesmo percentual da receita cada um.

Dependendo do segmento, ações podem ser tomadas com base nessas informações. No caso de um comércio de revenda de produtos, por exemplo, espera-se que o maior percentual do preço seja composto pelos custos. No caso de um psicólogo que faz atendimentos online e não tem equipe, as despesas serão o percentual majoritário.

Já fez uma análise do markup da sua empresa? E a composição do seu preço de venda tem os percentuais conforme o esperado? Não deixe de acompanhar informações como essa que são vitais para o seu negócio.

Por CSC Contabilidade Sem Chatice

Como você toma decisão?

Girl in white and question mark above head.

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Em algum momento de sua vida empresarial você já tomou uma decisão repentina e fez uma escolha completamente errada?

Você costuma tomar decisões guiadas por situações momentâneas intuição?

Quero trazer a importância de empregar uma gestão por resultados! 

Não se guie por intuição: 

São comuns as tomadas de decisão serem guiadas por casos ou situações repentinas que chegam até você.

Se perguntarmos agora:

“Quais os maiores problemas de sua empresa?” 

As chances de responder que são alguns casos específicos atuais são quase de 100%! Aqueles problemas que aconteceram na sua semana viram a sua cabeça.

Mas, será que esses são os principais problemas da sua empresa? Ou você só está contando as dores de cabeça que você se lembra? 

Você sabe o quanto esses pontos levantados impactam nos resultados da sua empresa?

É preciso desenvolver uma cultura de gestão por indicadores. Buscar por fatos e dados relativos aos problemas de sua empresa.

Não adianta ficar batendo cabeça e chorando por fatos que você não sabe nem mensurar. Muito menos tomar atitudes drásticas sem prever e estudar possíveis resultados.

Você, como líder, não pode basear suas decisões somente em “feeling”! É preciso ter uma visão consistente do todo. 

Vou te dar um exemplo prático:

Aquele cliente difícil te liga, repleto de ódio e rispidez na voz, e diz que seu produto está caro! Ele ameaça nunca mais comprar de você e que vai optar pela concorrência.

Sua atitude é agir por impulso? Já dá logo de cara um desconto e melhora os prazos?

 

Se você respondeu sim, você prega uma gestão intuitiva e por casos! São decisões precipitadas, vindas como respostas a situações negativas que chegam até você.

Você sabe qual o impacto desse aumento de prazo no seu Ciclo Financeiro? E desse desconto com sua Margem de Contribuição e sua Lucratividade?  

Essa venda realmente vale a pena?

É preciso ter uma gestão por Indicadores!  

É preciso ter uma visão macro dos acontecimentos. Você precisa mensurar o impacto de suas decisões em seus resultados!

Esse tal desconto pode acarretar um prejuízo nesta venda. E esse aumento de prazos por impulso pode prejudicar seu Fluxo de Caixa.

Você consegue mensurar o impacto dessas decisões?  

A partir do conhecimento desses indicadores, você tem um entendimento mais assertivo de quais respostas e soluções trazer a seu cliente. 

Viu que esse pedido prejudicaria o rendimento de sua empresa? Que tal mostrar a seu cliente o impacto de seus serviços?

Prazos, brindes, bônus, descontos são bem-vindos para incentivar uma venda! Desde que isso não prejudique os seus resultados.

É de extrema importância mensurar dados e aplicá-los na tomada de decisão.  

Sabe aquele ditado: A curiosidade matou o gato? 

O achismo pode matar o empresário! 

Não tome decisões presunçosas! Você pode condenar sua equipe, seus clientes, sua empresa e até você mesmo por uma atitude guiada por uma informação não previamente avaliada.

Estabeleça corretamente indicadores de controle do seu negócio! 

Avalie constantemente a apuração de cada dado e sua consistência!

Com base em dados, tome as decisões certas! E concentre esforços para melhorá-las!  

Fuja da Gestão por ACHISMO e estabeleça uma gestão por INDICADORES!

Por CSC Contabilidade Sem Chatice

Ganho de capital: saiba quando não é preciso recolher Imposto de Renda.

Boa parte das pessoas não sabe que ao vender um bem, ou direito, pode estar sujeito ao pagamento de Imposto de Renda, que deve ser recolhido não na época da declaração anual do IR, entre março e abril de cada ano, mas no mês subsequente à alienação (ou venda) do bem.

Aqui, é importante esclarecer que o IR, na verdade, só é devido quando existe o que chamamos de ganho de capital. Em outras palavras, você só precisa pagar Imposto de Renda se conseguir vender o bem por um valor maior do que o valor que pagou por esse mesmo bem.

Assim, vale a pena discutir os principais casos em que a Receita Federal não tributa o ganho de capital auferido com a venda de um bem ou direito. Por se tratar de um assunto bastante extenso, é importante se concentrar nos pontos mais relevantes, deixando de lado a discussão de casos específicos, que devem ser analisados em separado.

Isenção é concedida em alguns casos

Ainda que a definição do preço de venda seja fácil, o mesmo não vale para a definição de preço de compra. O custo de aquisição do bem é equivalente ao total desembolsado para a sua compra, o que no caso de financiamentos, por exemplo, equivale à soma da entrada e das prestações.

Como quanto menor o valor de aquisição maior o ganho de capital e, conseqüentemente, o imposto a ser recolhido, de maneira geral, a Receita não permite o reajuste dos valores de compra dos bens. A Instrução Normativa da Receita Federal nº. 84/2001 definiu os termos de reajuste do valor de compra de bens até 31/12/1995, quando a correção deixou de ser aplicada.

Entretanto, nem sempre é preciso recolher imposto sobre o ganho de capital auferido, já que existem situações em que a Receita isenta o contribuinte desse pagamento. Perante a legislação tributária, por exemplo, as indenizações são rendimentos isentos, nesse contexto, a Receita isenta do pagamento de imposto sobre ganho de capital obtido devido à indenização por terra desapropriada para reforma agrária, e indenização no caso de sinistro, furto ou roubo de objeto segurado.

Imóveis geram maior parte das dúvidas

A maior parte das dúvidas e, consequentemente, dos erros no que refere à necessidade de recolhimento do imposto sobre ganho de capital está relacionada aos bens imóveis.

Isenção

A primeira coisa a se saber é que todos os contribuintes que venderam imóvel único por um valor inferior a R$ 440 mil estão isentos do pagamento de imposto sobre o ganho de capital, desde que não tenham efetuado, nos cinco anos anteriores, alienação de outro imóvel a qualquer título, tributada ou não.

Também está isenta do pagamento de imposto sobre ganho de capital a venda dos imóveis que foram adquiridos até 1969. O ganho de capital auferido nos casos de permuta de unidades imobiliárias em que não é feito pagamento de diferença em dinheiro também está isento de IR.

Com a edição da MP do Bem, em 2005, o ganho de capital obtido com a venda de um imóvel que for utilizado para a compra de outro imóvel residencial, desde que essa compra aconteça em até 180 dias da venda, também está isento do recolhimento de Imposto de Renda.

Fator redutor

A MP do Bem também alterou o fator redutor, que é aplicado no cálculo do ganho de capital auferido com a venda de imóveis. Vale notar que o fator já era adotado na venda de imóveis adquiridos entre o período de 1969 e 1988. Nesses casos, o fator varia de 100% para imóveis adquiridos em 1969 até 5% para imóveis comprados em 1988.

Como funciona o fator?

Por exemplo, se na venda de um imóvel comprado em 1988 o ganho de capital auferido foi de R$ 50.000,00, o que o fator redutor faz é diminuir esse montante em 5%, de forma que o ganho de capital reduz para R$ 47,5 mil. Vale lembrar que esse percentual de redução é automaticamente calculado pelo programa suporte de ganho de capital, e não precisa ser preenchido pelo contribuinte.

O que mudou com a MP?

Com a edição da MP do Bem, o fator redutor passou a ser aplicado também sobre imóveis mais novos. Pela MP, o fator aplicado será de 0,35% por cada mês, ou 4,20% por ano, em que o bem permaneceu sob propriedade do vendedor, desde que este cálculo não ultrapasse a data de janeiro de 1996.

Assim, por exemplo, um imóvel adquirido em junho de 2002 por R$ 100 mil e que foi vendido em junho de 2007 por R$ 175 mil não recolhe imposto sobre R$ 75 mil. É sobre a diferença entre o valor corrigido (R$ 123 mil) e o valor de venda (R$ 175 mil) que o imposto é calculado. Na prática isso permite reduzir o imposto inicialmente devido de R$ 11.250,00 (ou 15% de R$ 75 mil) para R$ 7.800,00 (ou 15% de R$ 52 mil).

Bens de pequeno valor

Outra dúvida comum está relacionada à venda de bens de pequeno valor. Como declarar, por exemplo, o ganho obtido com a venda de eletrodomésticos, computadores etc.? Esses ganhos são passíveis de tributação?

Nesse caso, a isenção vai depender do montante apurado com a venda. A MP do Bem elevou o limite de isenção, que era de R$ 20 mil, para R$ 35 mil, de forma que nesses casos a Receita também isenta o contribuinte do pagamento de imposto sobre esse ganho.

Também é concedida isenção aos sócios que recebem restituição da sua participação acionária em uma determinada empresa não em dinheiro, mas em bens e direitos.

Posse conjunta

Uma situação bastante comum ocorre nos casos em que o bem ou direito não pertence a uma única pessoa, mas sim a um grupo de pessoas. Como calcular, por exemplo, o ganho com a venda de um imóvel que pertence a mais de uma pessoa. Nesse caso, o tratamento tributário vai depender de como a posse do bem é compartilhada.

Em condomínio

No caso de bens possuídos em condomínio, o que inclui os casos de união estável, o valor da venda é calculado de acordo com a parcela pertencente a cada condômino ou co-proprietário. No caso de união estável, essa parcela é fixada em 50%. Assim, no caso de imóvel possuído em condomínio, cada um dos condôminos está isento do recolhimento do imposto, desde que a sua parte não supere o teto de R$ 440 mil.

Em comunhão

O mesmo já não acontece nos casos em que os bens são possuídos em comunhão. Esse é o caso, por exemplo, das sociedades conjugais, que são estabelecidas entre casais e cujos termos variam de acordo com o regime de casamento. Nesses casos, o teto de isenção não é baseado na parte que pertence a cada um dos cônjuges, mas sim ao valor do bem como um todo.

Por último, os casos em que o bem foi recebido em doação, ainda que o recebimento desse bem esteja isento do pagamento de imposto. Caso ele seja vendido, e não se encaixe nos casos de isenção discutidos acima, então o contribuinte terá que recolher o imposto de renda sobre o ganho de capital auferido com essa venda. Nesse caso, o ganho será calculado assumindo que o custo de aquisição do bem foi zero.

Fonte: InfoMoney

1 ano de pandemia: O que fazer?

O Brasil completou um ano desde o primeiro caso confirmado de Covid-19. Desde o ano passado, as rotinas habituais foram transformadas e adaptadas a uma nova realidade. A economia sofreu graves consequências, os postos de trabalho foram fechados e o desemprego se agravou.

A base para que as empresas consigam sobreviver em tempos de crises, sejam elas quais forem, é uma constância nas boas práticas de administração. Por esse motivo, vamos discutir sobre tópicos importantes relacionados a administração do seu negócio. São eles:

  1. Vendas
  2. Despesas e Custos
  3. Capital de Giro
  4. Inadimplência
  5. Tomada de decisão
 
Vendas

Com um ano de pandemia, sua empresa não pode mais perder vendas. Por isso, é importante se reinventar e focar nas estratégias corretas.

É importante compreender quais são as necessidades dos clientes e de que maneira as atender. Prestar atenção àquilo que os clientes mencionam sobre a sua empresa, sobre os seus produtos/serviços é essencial para compreender mais sobre o comportamento dos consumidores e procurar formas estratégicas para continuar a atendê-los da melhor maneira.

Minha empresa fechou de novo. E agora?

Você pode adotar um novo formato para oferecer seu serviço ou seu produto personalizado para clientes em tempos de Coronavírus.

Você pode fazer todo o atendimento online abusando da videoconferência, WhatsApp e redes sociais por exemplo.

Você também pode começar a entregar seus produtos por delivery e colocar a sua equipe para trabalhar nessas novas demandas.

Com a pandemia do Coronavírus, muitos negócios precisaram se reinventar, principalmente investindo no e-commerce e nos serviços delivery. Se você ainda não se reinventou, chegou a sua vez!

Despesas e Custos

É muito importante que você, empresário, entenda a saúde da sua empresa.

Se o maior custo da sua empresa é a folha de pagamento. Portanto, estude formas de reduzir a jornada dos seus funcionários e dê preferência ao trabalho home office (para reduzir custos com vale-transporte e alimentação) para que você não tenha gastos desnecessários nesse momento.

É importante analisar quais despesas não são essenciais neste período e entender se você pode cortá-las ou ao menos diminuí-las. Se o seu negócio possibilitar o trabalho em casa, opte por ele e suspenda os serviços de manutenção da sua empresa e renegocie o aluguel do imóvel por exemplo.

Capital de Giro

Se você precisa de mais recursos para financiar sua operação, dada a diminuição da receita ou do alto índice de inadimplência, tenha como primeira opção fontes não onerosas:

  • Renegocie prazos com fornecedores;
  • Atente-se à postergação do pagamento dos impostos e contribuições
    decretados pelo governo;
  • Diminua sua retirada se possível;
  • Defina política de caixa mínimo;
  • Negocie suas dívidas com seu banco para “carência” de 60 a 90 dias;
  • Identifique ativos que possam ser vendidos.

Porém, se ainda assim precisar recorrer a empréstimos onerosos, dê preferência às fontes de longo prazo. Fuja da tentação do cheque especial e outros créditos imediatos, porque os juros serão absurdos e podem comprometer ainda mais a sua liquidez.

Inadimplência

A inadimplência aumentou em negócios recorrentes e é necessário você entender quais ações você pode fazer
para diminuí-las. Vamos trabalhar com algumas operações apropriadas para esse cenário:

  • Determine um profissional de sua equipe para acompanhar a inadimplência
    diariamente;
  • Organize os dados e identifique tendências;
  • Negocie com os seus clientes;
  • Comunicação com seu cliente é a chave;
  • Conte com seu contador para tomada de decisão.
 
Tomada de Decisão

Por último, mas não menos importante, você deve acertar nas decisões! Tome decisões baseadas em dados, para diminuir cada vez mais o risco do seu negócio.

A administração e controladoria é baseada em exatidão, na análise de dados concretos. É preciso entender as estruturas por trás do negócio, como está o capital de giro, como estão as vendas e de que maneira o processo tem
sido gerido.

Ninguém melhor que o seu contador para te ajudar a entender os dados do seu negócio e tomar decisões mais assertivas. Sem todas estas informações, a avaliação da verdadeira situação da empresa fica muito mais difícil, dificultando ainda mais a tomada de decisões em momentos estratégicos como este.

Por CSC Contabilidade Sem Chatice

Uma máscara estratégica!

Uma máscara estratégica!

A demanda por máscaras e outros Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aumentou significativamente nos últimos meses. O uso tem sido obrigatório em diversos estados do país como instrumento de proteção e de combate a propagação do coronavírus, com consequente pagamento de multa para quem descumprir a lei.

A máscara, que já era tão conhecida e popular em  diversos setores, já estava disponível, mas ninguém dava tanta atenção, devido ao contexto anterior à crise vivenciada nos últimos dias.

Mas será que ela é o meio mais eficaz de proteção?

Especialistas afirmam, que as medidas de proteção devem ser acompanhadas de uma série de ações que podem reduzir o risco de contágio, para realmente terem eficácia no combate ao vírus. Ações como lavar as mãos, evitar de tocar nos olhos, nariz, boca e não tocar em pessoas que estejam doentes se tornaram imprescindíveis.

Da mesma forma,  assim como a máscara, existe uma estratégia muito comum de proteção das empresas, a projeção do Fluxo de Caixa, ela também é bastante conhecida, protege o seu negócio das ameaças e perigos financeiros e está tendo uma demanda significativa nos últimos meses, mas será que esse tipo de controle tem sido eficaz sem ações adequadas e compatíveis com seu segmento de mercado?

Até o presente momento, você já se questionou se a sua gestão de caixa tem sido eficiente? Se o caixa atual cobre custos e despesas sem entrada de novos recursos? E quanto tempo sua empresa consegue sobreviver sem novas entradas?

O fluxo de caixa consegue responder questões como estas, pois é uma ferramenta de gestão para verificar a reserva de caixa, ou seja, o período que a empresa tem de dinheiro para cobrir gastos sem a entrada de novos recebimentos e possibilita estimar o tempo de vida do empreendimento.

De acordo com especialistas da FC Partners, empresa de gestão e investimentos, ter o foco em liquidez pode garantir a sobrevivência nesse período. É importante avaliar os saldos de caixa, de contas a pagar e de receber dos próximos meses, não apenas neste período de crise, mas ser constante em qualquer fase da empresa.

Através dessa previsão, a empresa possui maior segurança para elaborar estratégias, tomar decisões e elaborar novos planejamentos. Se for bem executada, a projeção pode trazer respostas de extrema importância sobre a distribuição de recursos, investimentos e custo-benefício, como também sugerir qual será a situação financeira da empresa diante de cenários idealizados.

A simulação desses cenários permite que os gestores e sócios avaliem o caixa e analisem eventuais necessidades de captação ou redução de custos e despesas. Através disso, é possível prever impactos como:

  • redução ou aumento da receita;
  • aumento ou queda da inadimplência;
  • necessidade de empréstimo preventivo;
  • cortes e prorrogação de despesas preventivas;
  • isenção e adiantamento de tributos e taxas;
  • redução da jornada de trabalho, férias antecipadas e banco de horas.

Nesse cenário atual, as ações estratégicas, que podem ser acompanhadas com a projeção realizada são divididas em seis aspectos, confira:

Ah e outra dica importante, é fazer o acompanhamento do Planejado X Realizado.Essa análise permite verificar se a projeção está ficando abaixo ou não do que planejou, porque quanto maior a  assertividade, melhor para suas projeções futuras.

No mais, verifique a viabilidade de cada uma das ações com seu contador consultor que pode te ajudar nessas projeções e na tomada de decisões!

Até a próxima e se proteja!!!

Por CSC Contabilidade Sem Chatice

Estratégias e ações de emergência na crise

Blindando sua empresa da crise

Hoje, antes de mais nada, você precisa entender e aceitar que a sua empresa será afetada, direta ou indiretamente, pelos efeitos econômicos do Coronavírus. Seja pela diminuição das vendas, pelo trabalho remoto da equipe ou por demandas diferenciadas dos seus clientes, por exemplo.

Então não adianta cruzar os dedos e torcer para que nada aconteça, porque isso pode te gerar uma ansiedade e uma quebra de expectativa muito grande.

Estamos em um momento de retração. É como se seu negócio entrasse em um casulo e consumisse a menor quantidade de recursos possível, para que assim possa ter energia suficiente para expandir pós-crise.

A primeira pergunta que você deve fazer é: o quanto o seu caixa será afetado?

Entendendo esse cenário, precisamos discutir os tópicos listados abaixo para que o seu ciclo financeiro suporte esse período.

  1. Vendas
  2. Despesas e Custos
  3. Capital de Giro
  4. Inadimplência

Depois de discutir esse cenário, a segunda pergunta que você deve fazer é: como fazer desses limões uma limonada?

Mas calma, vamos primeiro discutir os tópicos que foram listados anteriormente.

  • Vendas

Reveja sua meta de vendas e adote o pior cenário. Não quer dizer que em tempos de Corona você vai vender ZERO.

Você pode adotar um novo formato para oferecer seu serviço ou seu produto personalizado para clientes em tempos de Coronavírus.

Você pode fazer todo o atendimento online abusando da videoconferência, whatsApp, redes sociais por exemplo. Você também pode começar a entregar seus produtos por delivery e colocar a sua equipe para trabalhar nessas novas demandas.

Essa pode ser uma boa estratégia de vendas.

E por falar nisso, o SEBRAE disponibilizou dicas de como utilizar o WhatsApp Business para manter as vendas e de como implementar um serviço de delivery na sua empresa para driblar a crise. Vale a pena conferir!

Além disso, veja esse webinar que o Ricardo Jordão Magalhães gravou sobre como continuar vendendo remotamente com o Coronavírus .

  • Despesas e Custos

É muito importante que você, empresário, entenda a saúde da sua empresa.

Se o maior custo da sua empresa é a folha de pagamento. Portanto, estude formas de reduzir a jornada dos seus funcionários e dê preferência ao trabalho home office (para reduzir custos com vale-transporte e alimentação) para que você não tenha gastos desnecessários nesse momento.

Nessa cartilha, você tem acesso às recomendações oficiais sobre a jornada dos empregados durante a pandemia.

Analise quais despesas não são essenciais neste período de crise e que você possa cortá-las ou diminuí-las. Se o seu negócio possibilitar o trabalho em casa, opte por ele e suspenda os serviços de manutenção da sua empresa e renegocie o aluguel do imóvel por exemplo.

Confira algumas dicas na cartilha de Gestão Financeira em tempos de Coronavírus do SEBRAE.

  • Capital de Giro

Se precisar de mais recursos para financiar sua operação, dada a diminuição da receita ou do alto índice de inadimplência, tenha como primeira opção fontes não onerosas:

  • Renegocie prazos com fornecedores;
  • Atente-se à postergação do pagamento dos impostos e contribuições decretados pelo governo;
  • Diminua sua retirada se possível;
  • Defina política de caixa mínimo;
  • Negocie suas dívidas com seu banco para “carência” de 60 a 90 dias;
  • Identifique ativos que possam ser vendidos.

Porém, se ainda assim precisar recorrer a empréstimos onerosos, dê preferência às fontes de longo prazo. Fuja da tentação do cheque especial e outros créditos imediatos, porque os juros serão absurdos e podem comprometer ainda mais a sua liquidez.

  • Inadimplência

A inadimplência vai aumentar em negócios recorrentes e é necessário você entender quais ações você pode fazer para diminuí-las. Vamos trabalhar com algumas operações apropriadas para esse cenário:

  • Determine um profissional de sua equipe para acompanhar a inadimplência diariamente;
  • Organize os dados e identifique tendências;
  • Negocie com os seus clientes;
  • Comunicação com seu cliente é a chave;
  • Conte com seu contador para tomada de decisão.

Agora que você já sabe algumas ações que você pode colocar em prática para melhorar o cenário da sua empresa vamos para a próxima parte do conteúdo.

Lembra da segunda pergunta do início deste e-mail? Pois é, chegou a hora de entender como fazer uma limonada com essas limões que o Coronavírus está criando.

Não espere o melhor momento ou as melhores circunstâncias para agir no seu negócio. Em tempos de crise como esta, é uma boa oportunidade se reinventar e criar novas soluções para o seu negócio.

  • Seu négocio é um restaurante e precisa fechar?
    • Estimule a compra por delivery com o frete grátis para estimular as vendas.
    • Divulgue em redes sociais as medidas rigorosas de limpeza que estão sendo tomadas neste momento para tranquilizar seus clientes.
  • Seu negócio é de eventos e eles estão sendo cancelados?
    • Remarque os eventos com seus clientes pra eles não cancelarem e assim, gerar receita no momento.
    • Esteja presente nas redes sociais com novidades e condições especiais de preço pra seus clientes que fecharem eventos pra depois da crise do Coronavírus.

Nem tudo está perdido. O SEBRAE está disponibilizando conteúdos que ajudam você, empresário, a inovar no seu ramo de negócios e não ter tantos prejuízos nessa época de Coronavírus. Se liga em algumas dicas:

10 dicas para vender produtos e serviços na crise do Coronavírus.

Academia oferece treinos online e vê oportunidade de crescer na crise.

Meios de hospedagem em tempos de Coronavírus.

Agora que você já sabe como blindar sua empresa da crise econômica do Coronavírus não deixe de ler o próximo conteúdo que vai te ajudar a melhorar seu dia-a-dia, se você está trabalhando de Home Office.

Por CSC Contabilidade Sem Chatice