Lucro, seria este o principal indicador que sua empresa está no caminho certo?

“Minha empresa finalizou com lucro esse mês, mas será que isso é bom indicador e posso ficar tranquilo?”. Empresário, você já deve ter pensado nisso em algum momento, não é mesmo?

Para você ter certeza de que esse indicador realmente é relevante para o seu negócio, você precisa analisar outras informações gerenciais. Vamos ver um pouco mais sobre isso adiante.

O lucro positivo, ou seja, lucratividade líquida no período é bom sinal, mas pode ser disfarçado dos maus resultados. Daí a importância de ter acesso a todos os números para conseguir avaliar o negócio.

Com esses números em mãos você conseguirá ver se ter fluxo de caixa pode ser lucro real. Mas lembre-se, o investimento realizado te trouxe o retorno esperado?

Quando te perguntam qual o objetivo da sua empresa, certamente você irá responder: “ela precisa gerar lucro.” É o que a maioria das pessoas responderiam. Mas certamente é preciso muito mais que isso.

Vamos ver um exemplo, de duas empresas distintas:

Você pode perceber que ambas obtiveram lucro líquido, mas foi suficiente para cobrir o que foi investido por seus sócios?

A Teste Beta obteve uma rentabilidade de 7% a.a. Já a Teste Alpha seu lucro foi menor, mas sua rentabilidade chegou a 20% a.a. De modo geral a Teste Beta, apesar de ter um lucro líquido maior, teve uma rentabilidade bem abaixo para uma empresa, afinal alguns investimentos de renda fixa, como CDI e Tesouro Direto podem geral mais que isso sem nenhum risco.

Por outro lado, a rentabilidade de 20% a.a. da Teste Alpha pode ser boa ou ruim. Tudo é uma questão de análise. Para uma empresa de comércio ou indústria, normalmente esse percentual é considerado bom. Mas, e se comparamos a Teste Alpha com empresas do mesmo perfil mas com uma rentabilidade de 40% a.a.?

Está vendo como ver apenas o lucro, apesar de ser um indicador que chama bastante atenção, não pode ser analisado como um número único. Há diversas possibilidades e contextos para que esse número indique se você está no caminho certo ou não.

Como entender melhor os indicadores de rentabilidade

Além do retorno sobre investimento é crucial saber outros retornos, como o retorno sobre o ativo, ROA, e o retorno sobre o patrimônio líquido, ROE.

ROA

O retorno sobre ativos, ROA, é uma métrica que indica a rentabilidade de um empreendimento ou investimento, usando ativos como régua e instrumento de comparação.

A conta é utilizada pelos sócios e a administração que desejam medir a eficiência de suas ações. Para contadores e investidores, a usam para realizar pré-diagnóstico da empresa.

Nos dois casos, o ROA atua com o objetivo de identificar a capacidade que a organização tem de gerar lucros a partir de seus ativos.

Essa métrica é importante por indicar qual é a capacidade da empresa de transformar seus recursos produtivos em mercadorias que têm valor para o consumidor final.

Fórmula do ROA:

Lucro Líquido Acumulado

Ativo

Vale ressaltar a importância de:

  • saber o percentual que a companhia tem em performance, já que tal indicador diz respeito a capacidade de uma empresa em agregar valor a partir de seus próprios ativos;
  • medir eficiência dos ativos;
  • analisar se o ativo é rentável perante lucro apresentado;
  • comparar em relação a outras companhias.

O que pode gerar um ROA baixo?

  • Investimento em projetos pouco rentáveis;
  • Baixa produtividade dos ativos devido obsolescência ou desperdícios;
  • Imobilizado em excesso ou parados que poderiam ser convertidos em vendas;
  • Despesas gerais muito elevadas.

ROE

Este indicador é uma das informações mais importantes para os donos do negócio. Afinal indica o quanto que a empresa gera de retorno para cada centavo que o acionista aplica na organização.

Fórmula do ROE:

Lucro Líquido Acumulado

Patrimônio Líquido

O resultado dessa equação gera a porcentagem usada para medir o quão eficiente uma empresa é para a capacidade de geração de lucros.

Para reverter um ROE baixo é preciso que você avalie seu negócio e veja qual a melhor alocação de recursos.

Diagnóstico de resultados

Como falamos logo no início, é de suma importância ter em mãos todos os números para que sejam feitas as análises corretas de seu negócio. Por isso, vamos a mais uma opção que poderá te ajudar, e muito, na sua tomada de decisão.

Agora que você já conhece os principais indicadores de rentabilidade (ROA e ROE) vamos para o indicador de endividamento.

Leverage é indicador de endividamento que compara ROE sobre o ROA para entender o quanto a empresa está alavancada ou endividada.

Nessa equação (ROE / ROA) se o resultado for acima de 3,33 a empresa passa a ter endividamento comprometedor, como é possível ver nas imagens abaixo.

Agora é possível entender que avaliando os indicadores de rentabilidade e endividamento você consegue ter um pré-diagnóstico e diagnóstico para sua empresa. Não perca mais tempo, procure seu contador e converse mais sobre esses assuntos. Esse entendimento fará com que seu negócio se torne ainda mais forte e sustentável.

Por CSC Contabilidade Sem Chatice

A importância dos demonstrativos gerados pela contabilidade

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A contabilidade é a ciência que estuda, analisa, interpreta as mudanças que atingem o patrimônio das empresas. Historicamente veio se desenvolvendo junto com a humanidade e sempre foi usada como uma ferramenta de administração para bens, alimentos, valores de troca e também servia para auxiliar no controle de quantidades com registros escritos.

Os demonstrativos gerados pela contabilidade hoje têm um papel crucial nas empresas, desde que com essas informações geradas é possível ter uma visão clara das reais situações financeiras em determinados períodos. Em um mercado cada vez mais competitivo, é de grande importância o conhecimento geral da própria empresa, desde suas finanças até seu patrimônio, pois é esse o diferencial para o crescimento junto a evolução, e isso a contabilidade é algo que está em total poder da contabilidade.

As demonstrações contábeis são relatórios que anualmente devem ser divulgados, descrevendo as situações patrimoniais, financeiras e econômicas das companhias, mas não só olhando a parte burocrática, são essas informações que vão fazer com que os empresários entendam a saúde de suas empresas, portanto é de grande valor o conhecimento dos indicadores de sua organização. Através de determinados padrões, são gerados informações reais e confiáveis dos resultados das operações, investimentos, bens, lucros, prejuízos, despesas, custos, obrigações, mas além dos padrões também, como por exemplo em Dashboards, é possível enxergar de forma clara e resumida o desempenho  e estrutura da empresa.

A necessidade da transparência e não manipulação dos dados nessas informações são de responsabilidade do contador junto ao empresário, onde cabe ao mesmo passar informações coerentes e assertivas para o profissional da contabilidade, e o mesmo trabalhando em cima dessas informações garante clareza e honestidade nas demonstrações geradas através de seus conhecimentos contábeis.

No que tange o objetivo das demonstrações contábeis, este se caracteriza por fornecer dados pertinentes para a interpretação da posição em que as empresas se encontram atualmente ou em um determinado período. Dessa forma auxiliando nas tomadas de decisões e gerenciamento dos recursos para sócios, e para os usuários externos apresenta a capacidade de honrar com suas obrigações ou se é de valia possíveis parcerias e investimentos, tendo como exemplo: clientes, bancos, fornecedores, acionistas, etc.

Por fim, certifique-se que suas informações enviadas a contabilidade são assertivas, para que conheça sua empresa cada vez mais, alcançando o sucesso !!!

Por CSC Contabilidade Sem Chatice

Você precifica corretamente o seu produto?

Hoje será discutido um tema super importante mas que gera muita dúvida ainda em vários empresários, a precificação!

Você tem o custo de R$85,00 para o seu produto e deseja 15% de margem de lucro. Dessa forma o preço do seu produto deve ser de R$100,00 correto? Errado!

Um dos grandes erros na hora da precificação é desconsiderar todos os outros gastos que a empresa tem além do custo. Isso inclui todos os impostos e também as despesas que devem ser cobertas.

Os custos são os gastos que contribuem diretamente para a execução do serviço ou produção do produto. No caso de uma transportadora, por exemplo, fazem parte do custo o combustível, a mão de obra dos motoristas e a manutenção dos caminhões.

Os custos podem ser fixos ou variáveis. Este último varia conforme a receita e o primeiro não. Por exemplo, em uma padaria, o custo de matéria prima (farinha, por exemplo) é variável, ou seja: quanto mais pães forem vendidos, mais farinha será consumida e maior será o custo quanto maior for a receita das vendas. Já o aluguel do forno é um custo fixo,  ou seja, independe da variação da receita (de quanto a padaria está vendendo).

Já as despesas são os gastos que sustentam o funcionamento da empresa sem ter impacto direto com o processo de produção. Fazem parte das despesas material de escritório, aluguel do estabelecimento, conta de internet, água, luz, esgoto, energia, serviços terceirizados como serviço de limpeza, segurança, entre outros. No caso da transportadora, a mão de obra administrativa é considerada despesa e para a padaria um exemplo de despesa é gastos com uma agência de publicidade para manutenção e produção de conteúdo para um site.

Com a definição clara de custos e despesas em mente, voltemos à precificação. Ao definir o preço de um produto, nele precisam estar embutidos todos esses gastos, além dos impostos e claro, a margem de lucro.

Um dos principais indicadores a serem avaliados desse assunto é o markup, que indica por quanto a empresa está multiplicando seus custos para obter o preço de venda atual.

Markup = Receita operacional

      Custos

Ex: Se um produto tem um custo de R$50,00 e é vendido por R$100,00 o seu Markup será 2.

No exemplo a seguir podemos fazer análise de uma empresa em que o Markup é de 1,75. Isso significa que para R$1,00 de custo o produto é vendido por R$1,75.

Ao fazermos uma análise mais detalhada do preço de venda, podemos avaliar que o percentual do lucro líquido é de 7,34% da receita. Vale ressaltar que o percentual de lucro deve ser calculado sobre a receita e não sobre o custo do produto.

Isso acontece porque apenas 57,07% da receita é composta pelo lucro, e apesar de ser a maior parcela, ainda temos 35,6% com outros gastos o que é um valor relevante e deve ser considerado.

No caso a seguir podemos observar o exemplo de uma empresa que cnão considerou estes gastos para compor o preço de venda, levando em consideração apenas o custo do produto.

Seu Markup é de 1,14, então para um custo de R$1,00 o produto é vendido a R$1,14.

Podemos observar abaixo que este preço de venda não é suficiente para cobrir todos os gastos da empresa, fazendo com que ela tenha um lucro negativo, ou seja, está tendo prejuízo. A barra amarela referente ao lucro está direcionada para baixo da linha tracejada, indicando um percentual negativo.

Isso significa que o preço de venda colocado cobre os custos porém não cobre todos os gastos dessa empresa, e ela não está rentável dessa forma, e é uma situação muito comum.

Vale observar também que os custos e despesas possuem o mesmo valor, representando o mesmo percentual da receita cada um.

Dependendo do segmento, ações podem ser tomadas com base nessas informações. No caso de um comércio de revenda de produtos, por exemplo, espera-se que o maior percentual do preço seja composto pelos custos. No caso de um psicólogo que faz atendimentos online e não tem equipe, as despesas serão o percentual majoritário.

Já fez uma análise do markup da sua empresa? E a composição do seu preço de venda tem os percentuais conforme o esperado? Não deixe de acompanhar informações como essa que são vitais para o seu negócio.

Por CSC Contabilidade Sem Chatice

Como você toma decisão?

Girl in white and question mark above head.

Girl in white and question mark above head.

Em algum momento de sua vida empresarial você já tomou uma decisão repentina e fez uma escolha completamente errada?

Você costuma tomar decisões guiadas por situações momentâneas intuição?

Quero trazer a importância de empregar uma gestão por resultados! 

Não se guie por intuição: 

São comuns as tomadas de decisão serem guiadas por casos ou situações repentinas que chegam até você.

Se perguntarmos agora:

“Quais os maiores problemas de sua empresa?” 

As chances de responder que são alguns casos específicos atuais são quase de 100%! Aqueles problemas que aconteceram na sua semana viram a sua cabeça.

Mas, será que esses são os principais problemas da sua empresa? Ou você só está contando as dores de cabeça que você se lembra? 

Você sabe o quanto esses pontos levantados impactam nos resultados da sua empresa?

É preciso desenvolver uma cultura de gestão por indicadores. Buscar por fatos e dados relativos aos problemas de sua empresa.

Não adianta ficar batendo cabeça e chorando por fatos que você não sabe nem mensurar. Muito menos tomar atitudes drásticas sem prever e estudar possíveis resultados.

Você, como líder, não pode basear suas decisões somente em “feeling”! É preciso ter uma visão consistente do todo. 

Vou te dar um exemplo prático:

Aquele cliente difícil te liga, repleto de ódio e rispidez na voz, e diz que seu produto está caro! Ele ameaça nunca mais comprar de você e que vai optar pela concorrência.

Sua atitude é agir por impulso? Já dá logo de cara um desconto e melhora os prazos?

 

Se você respondeu sim, você prega uma gestão intuitiva e por casos! São decisões precipitadas, vindas como respostas a situações negativas que chegam até você.

Você sabe qual o impacto desse aumento de prazo no seu Ciclo Financeiro? E desse desconto com sua Margem de Contribuição e sua Lucratividade?  

Essa venda realmente vale a pena?

É preciso ter uma gestão por Indicadores!  

É preciso ter uma visão macro dos acontecimentos. Você precisa mensurar o impacto de suas decisões em seus resultados!

Esse tal desconto pode acarretar um prejuízo nesta venda. E esse aumento de prazos por impulso pode prejudicar seu Fluxo de Caixa.

Você consegue mensurar o impacto dessas decisões?  

A partir do conhecimento desses indicadores, você tem um entendimento mais assertivo de quais respostas e soluções trazer a seu cliente. 

Viu que esse pedido prejudicaria o rendimento de sua empresa? Que tal mostrar a seu cliente o impacto de seus serviços?

Prazos, brindes, bônus, descontos são bem-vindos para incentivar uma venda! Desde que isso não prejudique os seus resultados.

É de extrema importância mensurar dados e aplicá-los na tomada de decisão.  

Sabe aquele ditado: A curiosidade matou o gato? 

O achismo pode matar o empresário! 

Não tome decisões presunçosas! Você pode condenar sua equipe, seus clientes, sua empresa e até você mesmo por uma atitude guiada por uma informação não previamente avaliada.

Estabeleça corretamente indicadores de controle do seu negócio! 

Avalie constantemente a apuração de cada dado e sua consistência!

Com base em dados, tome as decisões certas! E concentre esforços para melhorá-las!  

Fuja da Gestão por ACHISMO e estabeleça uma gestão por INDICADORES!

Por CSC Contabilidade Sem Chatice